quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Um homem Inteligente Falando das Mulheres

 


O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.

Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!'

Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta

Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um 'eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.  

Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.  

Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso. 
 
Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.  

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.  
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.  
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo. 

É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay. 
Só tem mulher quem pode!  

Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Nunca soube se marido alheio prestava

Vandeca sempre foi da pá virada, por que aos nove anos já se enrabichava pelos menininhos da rua. Exercia sua feminilidade até nas rodas de bolinha de gude. Claro que os pais evangélicos nada perceberam, e a carregavam pra igreja toda semana, e oravam, oravam, por um futuro bonito para sua pequena.

A adolescência chegou e com ela os rapazes que não saiam da porta de Vandeca, causando estranhamento na vizinhança, e puxando a língua das fofoqueiras a meio metro da boca. Mas o que todos não sabiam, é que apesar de parecer uma garota fácil, Vandeca permaneceu donzela até os 18 anos, quando conheceu Erineu.

Professor do colégio publico onde Vandeca cursava o 2° ano (colegial), Erineu era um homem beirando a meia idade, com aquela barriguinha que baixava o cinto da calça esforçando-se para chegar na frente, sempre. Simpático, amável e inteligente, porem: casado.

Vandeca já num corpo de mulher, vestia-se com calças coladas nas pernas, mostrando todos os dotes de uma típica morena brasileira. Trabalhava com atendente de balcão numa lojinha de confecções infantis e a noite, esforçada ia pro colégio. Sempre exibindo seus longos cabelos negros, lisos e perfumados.

Nos flertes diários com Erineu, Vandeca acabou por ceder e tornou-se a “namoradinha” do professor. Todos ficaram sabendo por que não poupava elogios ao seu mestre. O mais constrangedor era vê-los chegarem e saírem juntos, claro que todos concluíam pra que.

Não demorou muito para que a história de Vandeca e Erineu chegasse também aos ouvidos da esposa traída. Cidade pequena, sabe como é. O próprio vento leva a fofoca adiante.

A primeira investida da esposa traída foi no trabalho de Vandeca. Armou o maior barraco o que culminou dias depois na dispensa da garota. Mesmo assim, ela não desistiu de Erineu, mesmo ele pedindo um tempo para não complicar sua vida familiar.

O caso tronou-se mais grave por que a garota não admitia ser abandonada. Ia pra escola com o intuito de provocar o professor, e nem se importava mais com os comentários. E de tanto insistir, após a poeira baixar os dois voltaram a se encontrar em furtivos colóquios carnais.

Foi então que a ira da esposa foi anunciada como trombetas do Apocalipse. Numa noite Vandeca saia do colégio toda serelepe quando avistou nos portões pelo lado de fora a sua rival. Como numa cena de western as duas se olharam prestes ao duelo. O que Vandeca não esperava era que junto havia outras seis mulheres ao seu encalço.

O que seguiu foi uma cena de covardia. Quatro das mulheres agarram Vandeca pelos braços enquanto três cortavam seu cabelo a navalhada. Após ser violada na sua cabeleira sedosa, a moça foi chutada e esmurrada como um saco de pancadas.

Nunca mais se viu Vandeca no colégio. O professor Erineu continuou a ministrar suas aulas, e sua esposa foi aclamada pelas senhoras de bons costumes da cidade. Os pais de Vandeca mortos de vergonha se trancaram por meses dentro de casa, e de lá oravam para que a cidade os esquecesse.

É assim que se descobre que mexer com marido alheio não presta.


Por Rafael Leoni, do Blog eleojamal.blogspot.com

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saber Viver




Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.